HOMEOPATIA E PSICANÁLISE

Maturidade e vida adulta são sinônimos?

TÂNIA BAPTISTA • 15 de julho de 2018

Vamos refletir sobre o amadurecimento

Proponho fazer um pequeno recorte deste tema tão amplo perguntando: quando atingimos a maturidade? Será que é quando nos tornarmos adultos? Como age uma pessoa imatura?


Para começar, vamos pensar se as emoções negativas estão comandando nossas vidas. Frequentemente nos irritamos por qualquer motivo? Culpabilizamos as pessoas por elas não nos fazerem felizes? Não conseguimos nos colocar no lugar do outro? Estamos sempre revivendo mágoas, ou sentindo-nos inadequados, inseguros? E por fim, ouvimos dos outros que estamos sendo "reclamões", inflexíveis, competitivos ou controladores?


Bem, tudo isso é sinal de que não estamos tendo consciência de quem somos, e do quanto nossas dores internas respondem às situações da vida cotidiana, sobrepondo a razão. Uma pessoa imatura é incapaz de ponderar, de aceitar o que lhe é diferente; fica incomodada ao receber um “não” como resposta; ao ser contrariada, agride com atos ou palavras, e exige que os outros devam aceitá-la como ela é. Aliás, isto tudo não nos faz lembrar de uma criança birrenta?


Parece-nos, então, que para ser maduro não basta crescer e se tornar adulto ; é preciso amadurecer as emoções da criança interna. Quanto mais identificados estivermos com nossa criança interior sofrida, maior nossa incapacidade de sermos adultos plenos. Quanto mais nos centramos em nós mesmos, mais intolerantes ficamos.


Imaginemos então uma criança. Ela, ao nascer, é puro desejo. Para Freud, o bebê não é capaz de ter um objeto de amor exterior a ele. Mergulhado no que chama de “narcisismo primário", o recém-nascido tem somente a si como objeto de amor. Ele ainda não possui a noção do Eu, e é por meio das relações humanas que ele começa o caminho da construção de sua individualidade e a da capacidade de amar. Mas este caminho é longo… e neste processo podem ocorrer alguns percalços. Por exemplo, a não diferenciação entre a criança e os pais, ou excessos de afeto na história desta criança (ou a falta dele), podem dificultar em muito a formação da personalidade madura. A pessoa vive numa dependência emocional, exigindo que o outro o complete (o narcisismo do bebê se mantém no adulto), o que contribuirá para a constituição de uma personalidade egocêntrica.


Para amadurecer é preciso ganhar independência psíquica ; em nosso processo de amadurecimento vamos olhar para nossos sintomas emocionais, a fim de compreender quem somos. No consultório, é muito comum ouvirmos as pessoas se queixando do quanto não são compreendidas, do quanto não são ouvidas, do quanto não recebem dos outros… e, ao despertar um sentimento de abandono, a pessoa rebela-se ou se deprime.



Enfim, proponho o exercício: todo dia meditar sobre o quanto eu espero dos outros, e o quanto eu deixo de olhar para mim mesmo (separado de pai, mãe, cônjuges, filhos, etc.). Por quanto tempo ainda eu vou bater os pezinhos? Quanto eu estou empenhado na minha reforma interior? Para Mahatma Gandhi, “ a única revolução possível é dentro de nós. ” Comecemos agora.



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